e acordo com números divulgados pela E-Consulting, o e-commerce brasileiro deverá faturar R$ 77,5 bilhões em 2018, um aumento de 20,9% em relação ao ano passado, que fechou arrecadando R$ 64,1 bilhões.
As cifras superam as expectativas da consultoria, que há 14 anos elabora a apuração dos dados. Afinal, desde 2015 o levantamento apontava registros estáveis ou em queda no comércio eletrônico nacional, que chegaram a ultrapassar a casa dos 2% na época.
Uma das causas que contribuem para o reaquecimento do e-commerce neste ano são as ações proativas de operadoras de telefonia e meios de pagamentos para estimular o consumo e o pagamento via internet. Segundo a pesquisa, da fatia total das transações financeiras que devem ocorrer na web em 2018, 23,5% serão via plataformas mobile.
“O crescimento exponencial do mobile se dá por um esforço conjunto entre operadoras, meios de pagamentos, varejistas e o próprio consumidor, que enxerga cada vez mais comodidade e segurança”, explicou Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting.
A expectativa é que, em 2018, 84% dos brasileiros realizem pagamentos por meios online. Dentre as principais razões do consumidor usar as plataformas eletrônicas estão comodidade (55%), confiança (46%), segurança (44%) e agilidade (26%) na hora do pagamento.
Além da alta frequência da mobilidade, outros fatores de crescimento que estão ligados ao aumento da projeção de vendas do e-commerce para este são: a migração de consumidores do varejo físico para o digital; ações varejistas atrativas, como o Black Friday, bem como os investimentos das empresas em soluções para melhorar o User Experience.
A pesquisa também aponta que a previsão do ticket médio de compras do brasileiro aumentou e será a maior dos últimos cinco anos. De acordo com a E-Consulting, o cliente virtual estará disposto a gastar R$ 319 em 2018. Seis reais a mais do que em 2017, que foi R$ 313, e trezes reais a mais do que 2015, que esperava que ele gastasse R$ 306 por compra.
Quanto às categorias mais vendidas, a previsão da pesquisa é que os itens de saúde e beleza sejam os mais comprados do período, tendo chances de alcançar um volume de pedidos que representa, aproximadamente, 22% do montante previsto de transações no e-commerce. Moda e acessórios vem em segundo lugar com um volume de 18%. Já os eletrodomésticos e os produtos de informática terão um número de pedidos em torno de 17%, enquanto os eletrônicos representarão um volume de 14%.
O índice do varejo online (VOL) é calculado pela E-Consulting a partir da soma trimestral das vendas online ocorridas nas lojas virtuais de automóveis, bens de consumo e turismo. O cálculo inclui em seu montante o e-commerce B2C (Business to Consumer) nos formatos tradicional, mobile commerce, social commerce e compras coletivas, bem como o nicho de C2C (Consumer to Consumer).
E-bit
Já segundo o E-bit, no 37º Webshoppers, apresentado em março, a projeção de vendas para 2018 no mercado eletrônico é de R$ 53,5 bilhões.
De acordo com a empresa, a consolidação das vendas pelos marketplaces aqueceu o mercado eletrônico em 2017, tendência que deve continuar neste ano. Impulsionado pela expansão do Mercado Livre, o faturamento das vendas via marletplace, incluindo produtos novos e usados, atingiu R$ 73,4 bilhões, com alta de 21,9%.
Fonte: E-commerce Brasil